Empresa apresenta soluções para o sistema público de Teresina
O sistema pode ocorrer de maneira híbrida para atender toda a população.A defasagem do transporte público acontece há algum tempo na capital, e recentemente motoristas e cobradores de ônibus paralisaram suas atividades pela 6ª vez somente este ano, os salários continuam atrasados, mesmo após acordo judicial para a suspensão de greves da categoria. O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) afirma que está enfrentado problemas no setor. Empresas buscam entrar em consenso e recebem propostas de pequenos empresários do ramo para viabilizar o transporte.

O empresário Afrânio Euclides Sousa, proprietário da EMVIPI, afirmou em depoimento para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público que desde 2014 o valor arrecadado com as passagens não paga os custos do serviço, sendo necessário o subsídio pago pela Prefeitura de Teresina para manter o valor da tarifa determinado pelo poder público municipal.
Diante da situação, uma empresa de transporte fretado apresentou alternativas para otimizar a frota atual. Marcos Lira, diretor da Transportta, apresentou um relatório com propostas para o vereador Dudu (PT), que preside a CPI dos transportes. O relatório aponta soluções para operar o sistema público de maneira híbrida, com base na experiência que foi aplicada ao Transporte Eficiente.
O diretor afirma que quando se fala em transporte público, tem que falar de mobilidade urbana. Para ele, o problema atual é ocasionado pela ociosidade, uma vez que a prefeitura não tem como arcar sozinha, o passageiro precisa do transporte e o empresário não tem condições de manter os ônibus vazios rodando.
“As linhas com maior número de passageiros, com viabilidade financeira para continuar sendo operadas por ônibus serão operadas normalmente pelo Setut. Já as linhas com menor povoamento, com menos pessoas a serem transportadas e em horários que não são de pico serão monitoradas pelo Setut através de um sistema de gerenciamento híbrido. Dessa forma, pequenos empresários que tenham vans e micro-ônibus poderão fazer essas linhas que têm menos pessoas e começaremos, assim, a reestabelecer o sistema com a pontualidade e a frequência das linhas”, explica o diretor.